38.300 Empregos Eliminados na Construção e Imobiliário em apenas três meses

Mais de Metade dos Postos de Trabalho Perdidos no 1º Trimestre de 2012, são oriundos da Construção e do Imobiliário

Numa reação aos números do desemprego hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, a CPCI – Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário diz não estar surpreendida com a evolução do desemprego no setor e, consequentemente, no País, afirmando que os dados revelados refletem a total ausência de soluções capazes de dinamizar uma atividade que, apesar de somar já mais de dez anos consecutivos de crise, com uma perda, desde 2002, de mais de 320 mil efetivos, vê a sua situação agravar-se de dia para dia.

Considerando catastróficos os números do emprego relativos ao 1º trimestre do ano, a Confederação da Construção e do Imobiliário refere que o Governo não pode permanecer indiferente perante o ritmo de destruição de emprego a que se assiste no setor. Com 38.300 postos de trabalho eliminados nos primeiros três meses do ano, a perda de emprego nas atividades da construção e do imobiliário, representa já mais de metade do total e traduz uma perda de 426 empregos, por dia.

A CPCI, que refere ter, em devido tempo, alertado para esta situação, destaca o facto de, em apenas três meses, já terem desaparecido quase metade dos postos de trabalho perdidos no ano passado, o que comprova uma séria degradação da situação das empresas e exige uma atuação imediata.

Argumentando que o colapso do setor será o colapso do País, a Confederação considera que o Governo não está consciente nem preparado para lidar com a iminente rotura destas atividades. Neste contexto, sabendo que estão a ser revistas as previsões para o desemprego, a CPCI conclui, afirmando que ou são previstas medidas efetivas para travar a destruição das empresas da construção e do imobiliário, ou será inevitável antecipar uma taxa de desemprego nacional que irá ficar, necessariamente, acima dos 20%.

Com o 1º Encontro Nacional da Construção e do Imobiliário, agendado para o dia 5 de junho, em Lisboa, a CPCI diz que estes dados tornam ainda mais urgente a apresentação de estratégias alternativas, capazes de garantir o futuro das empresas e do País, considerando, por isso, fundamental a presença massiva dos empresários da fileira nesta iniciativa, essencial para a criação de uma dinâmica de união, para que, em conjunto, possam demonstrar que este sector é uma das soluções para os problemas que Portugal enfrenta.