Jornal de Noticias – 28 de Maio

Para Reis Campos, os projectos de proximidade são decisivos para criar emprego e fazer crescer a economia.

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O Presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário – CPCI, considera fundamental que, no âmbito do acordo com a Troika, seja salvaguardada a capacidade de crescimento da economia, afirmando que “um corte cego no investimento produtivo só contribui para agravar, ainda mais, os problemas que afectam o nosso País”.

Não obstante a necessária consolidação do défice, Reis Campos lembra, que “a política económica deve garantir o futuro de Portugal, o que só é possível com um desenvolvimento sustentado”, acrescentando que “o combate ao desemprego e à desagregação do nosso tecido empresarial têm de passar pela concretização de um plano de projectos de proximidade”.

Salienta que “as carências do País são evidentes”, identificando desde logo como áreas críticas a reabilitação urbana, a qualificação de infra-estruturas de transporte, de energia, de água e ambiente, “cujas condições de segurança devem ser reavaliadas e assegurada a sua manutenção preventiva”, bem como a intervenção em equipamentos sociais, “como, escolas, tribunais, esquadras, hospitais, centros de saúde”e “no património histórico e cultural”.

Afirma que o avanço destes investimentos gera “aumento imediato do emprego, acréscimo do potencial produtivo do País e melhoria da qualidade de vida das populações”. Por outro lado, visto estarem territorialmente disseminados, acrescenta que “ têm um grande impacto local, mobilizando uma diversidade de empresas de várias dimensões e especialidades e estimulando a procura privada e a produção nacional”.

Neste contexto, Reis Campos entende ser premente a reorientação, para estes projectos, dos cerca de 15 mil milhões de euros em apoios do QREN, que estão à disposição do nosso País e que não se podem desperdiçar. De facto, aquele dirigente defende que “a renegociação deste programa de convergência, face às evidentes dificuldades na obtenção da comparticipação nacional” é fundamental, por forma a salvaguardar a “utilização de 70% dos fundos estruturais ainda não executados”.

O Presidente da CPCI afiança que “a concretização destas medidas permite dar uma nova dinâmica a este sector de actividade, evitando lançar para o desemprego mais 140 mil trabalhadores, o que obrigaria o Estado a suportar um encargo orçamental de dois a três mil milhões de euros”.