INVESTIMENTO PÚBLICO CAI 33% E REPRESENTA MENOS DE 4% DA DESPESA DO ESTADO

A CPCI – Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, destaca a evolução desastrosa do investimento público, de acordo com a última nota de execução orçamental, relativa a setembro do corrente ano, e que aponta para uma quebra de 33% face aos valores executados em igual período de 2013.

A Confederação considera que é insustentável para o país que, permanentemente, veja completamente “atropelado” todo o planeamento e orçamentação previstos para o investimento público, o qual é essencial para o crescimento económico, para a competitividade e para o próprio funcionamento e manutenção dos serviços e equipamentos do Estado.

Representando apenas 3,7% de toda a despesa efetiva do Estado, até ao fim do 3.º trimestre, a CPCI considera inaceitável que, com o atual nível de execução, a apenas três meses do final do ano, tenha sido aplicado menos de 50% do volume total de investimento público orçamentado para 2014, situação que contraria todos os diagnósticos e recomendações internacionais feitos a Portugal.

Destacando o facto de o Governo ter assumido, no Orçamento do Estado e perante a Comissão Europeia, o compromisso de incrementar o investimento público, a Confederação considera que, de nada serve orçamentar verbas que, na prática, não são cumpridas e funcionam como uma “folga orçamental” que defrauda as expectativas dos agentes económicos e contribui para a estagnação da economia, ao não alavancar o necessário investimento privado.